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Filho adotivo – Veja como tornar a adaptação e a convivência melhor

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Uma vez em que você passou pela parte burocrática da adoção como: passar pelo cartório de registro civil, entrar na lista de espera, aguardar pelo contato do órgão dizendo que existe uma criança disponível e todos os processos que você precisou passar para que o sonho de um filho adotivo se tornasse realidade, você pode então acabar se deparando com a questão de como criar um filho(a) adotivo(a) pode ser assustador inicialmente.

Diversas dúvidas podem surgir, questionamentos de como ser um bom pai, como criar a criança, como explicar a adoção, assuntos que podem ser tratados e outros que devemos tomar mais cuidado, qual o momento exato de se explicar sobre a adoção com a criança, entre tantos outros

E tais questionamentos podem ser ainda maiores caso o casal esteja passando pela paternidade/maternidade pela primeira vez, é justamente nestes pontos que este artigo irá lhe ajudar; confira no decorrer do texto algumas dicas e informações para que a criação e todo o processo de adaptação de seu filho(a) ocorra da melhor maneira possível.

Como criar um filho adotivo?

O processo de criação de uma criança adotada não foge muito do padrão de criação de um filho biológico, na verdade, caso você já possua um filho biológico em sua residência é ainda mais importante que você não demonstre grandes diferenças no tratamento entre ambos.

A mais importante atitude que você deverá tomar como um pai adotivo é ter paciência, o processo de adaptação e convivência com uma criança adotiva poderá ser longo e um pouco desafiador, lembre-se que assim como você está ansioso e com medo a criança também está com as mesmas sensações, sendo integrada a um ambiente e família nova, novas rotinas e presenciando uma realidade totalmente nova da qual conhecia; então, seja paciente e calmo, principalmente durante a fase inicial.

Para lhe ajudar neste momento e tornar o processo de adaptação melhor para todos na residência, você e todos que convivem de forma ativa com a criança podem seguir algumas atitudes/aspectos mais fundamentais para que o filho(a) adotivo(a) se sinta melhor com todos na nova família e consiga ter uma convivência cada vez melhor com o passar do tempo.

Como ser um bom pai adotivo

  • Tenha calma: Novamente a dica mais importante é tenha calma, considere o tempo de transição que a criança pode ter entre uma história e outra, entre a mudança de vida, ela não vai aceitar e entender todos os seus pontos de forma imediata.
  • Integração: Não sobrecarregue a criança, na tentativa de ser o melhor pai/mãe você pode achar que o melhor a se fazer é oferecer tudo aquilo que a criança não tinha acesso, a colocar em uma grande escola, a matricular em esportes, cursos, eventos, etc.

    Pelo menos inicialmente evite toda essa exposição para o menor, o mais importante no início é que a criança aprenda a ser família e se sinta amada e querida pela mesma; a família passar um tempo em uma atividade domiciliar que envolva o filho adotivo será mais proveitoso do que manter a criança em um esporte por exemplo.

Inicialmente mesmo atividades consideradas simples em família serão de grande importância para uma adaptação da criança.

  • Compreensão: assim como uma criança adotiva de certo modo passa pela fase em que ela “aprende” a ser filho, os pais também precisam “aprender” a serem pais; é importante que você deixe claro ao seu filho(a) que você o compreende e o aceita, que ele é amado e está seguro no local; caso você adote uma criança mais velha, existem chances dela ter um convívio passado com os pais biológicos e em certos momentos, sentir a necessidade de falar sobre eles.

    É importante que, como pai, jamais reprima esses sentimentos e também não faça todo um interrogatório sobre a situação, deixe a criança se expressar até o ponto em que ela se sentir à vontade.

    Estudos comprovam que uma criança falar sobre sua família biológica aumenta seus laços afetivos, significa que ela está se sentindo à vontade para conversar e demonstrar sentimentos sobre um assunto delicado sem ter medo de sua reação;
  • Segure as expectativas: como os pais de certa forma “escolhem” a criança a ser adotada, muitas vezes as expectativas se tornam exageradas.

    Lembre-se que vocês são pessoas diferentes, com características e personalidades diferentes, demandando tempo para que ocorra uma conexão maior.
  • Passe bastante tempo com a criança: você tem garantido por lei a licença maternidade em caso de adoção, a licença pode ser de 120 a 180 dias, sem importar a idade da criança. Mesmo que adote um filho de 13 anos de idade, ainda terá direito a licença.
  • Nas primeiras semanas e até mesmo no primeiro mês, tente evitar as visitas em grandes números; a criança deve entender e possuir uma maior ligação com os próprios pais, entender que é neles a quem ele deve confiar e são eles que estarão lá por ela em todas as situações.

    Tais entendimentos podem demorar caso ela esteja vendo muitas pessoas dispostas por ela em todas as situações do dia.

Como explicar a adoção?

A melhor dica para explicar a adoção é: seja sincero. O melhor momento para se tratar da adoção com um filho adotivo é durante a infância, a adoção poderá ser facilmente tratada e debatida através de filmes, livros, canções, etc. 

Caso não trate durante a infância e a criança descubra sobre a adoção durante a adolescência o problema será maior, ela questionará sobre o porquê de não ter sido comunicada sobre tal assunto e se sentirá desvalorizada e enganada pelos pais.

Durante a adolescência, em que o filho já possui uma maior consciência e noção sobre a vida, é importante que você seja ainda mais sincero, evite frases como “você nasceu em meu coração” ou “você foi um anjo enviado para nós”; como adolescente ele já tem a noção de que foi gerado em outra pessoa, que nasceu de alguém.

Explique o que aconteceu, se foi abandonado ou se faleceram, de ênfase ao fato de que o filho(a) foi escolhido por vocês, que vocês o amam, possuem orgulho e darão todo o suporte possível em todos os momentos. Ser sincero e o filho ver amor e verdade em suas palavras tornará toda a situação mais fácil.

O que pais adotivos jamais devem fazer?

  • Esperar retribuição do filho por terem o adotado;
  • Devolver o filho – ele não é um objeto;
  • Jamais ameace o devolver;
  • Não seja permissivo demais por conta de sua história, impor limites também é importante;
  • Não impeça que seu filho(a) fale sobre seu passado;
  • Caso tenha filhos biológicos não demonstre preferências;
  • Apresente seu filho aos outros apenas como filho. Não é necessário ficar reforçando a questão da adoção em todos os momentos.

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